Reter talentos da nova geração que chega ao mercado de trabalho – Gestão dos Millennials
Muitas tem sido as denominações dadas as gerações desde os anos 40.
As mais atuais tem utilizado as letras do alfabeto, assim a geração X, Y e Z, bem como Baby Boomers e a geração mais recentemente a geração Alpha.
Y e Z chamados também de Millennials, pois eram adolescentes e crianças na vidara do milênio.
Nossa realidade corporativa, implica em conviver com pessoas de diferentes gerações, experiências e hábitos, administrar conflitos e tirar o melhor de tudo isso.
Podemos perder muito se não estivermos preparados, pois o tempo passa rápido e estas novas gerações serão cerca de 75% da força de trabalho em 5 anos.
Quem são os Baby Boomers?
São as pessoas nascidas logo após a segunda guerra, talvez característica do ser humano de aumentar a reprodução quando se sente ameaçado, pois cerca de 50 milhões de pessoas morreram. E
ste termo esta ligado a grande explosão de nascimentos da época. Hoje eles são os pais da geração X, e avós da geração Y e Z.
Foram os jovens da década de 60, prometiam grandes mudanças, pois o Rock and Roll de Elvis Presley estava em alta, Beatles mudaram o estilo de suas musicas nesta década, viviam as ideias de liberdade sexual, feminismo e movimento hippie. A televisão tomava o lugar do rádio, que foi por muito tempo o mais rápido meio de comunicação, isso sim que era inovação. Grande parte dos lares americanos tinha uma televisão.
O homem chega a lua no final da década, em 1969, o consumismo era estimulado. Uma geração que contesta e luta por seus direitos.
Trabalhadores, pois buscavam ascensão e status profissional, sempre se mantiveram fieis a empresa que trabalhavam com um olhar na qualidade de vida.
Buscaram status e crescimento profissional através da estabilidade do emprego e sempre foram mais reconhecidos pela experiência do que pela capacidade de inovação, sendo assim funcionários fieis.
Atualmente estão revendo suas carreiras e pensando no que fazer, pois ainda tem muita saúde/disposição e não estão muito interessados em relaxar e sim em continuar produzindo. Não devemos pensar em desperdiçar o conhecimento que esta geração detém.
E a geração que veio em seguida? Chamada de geração X, e este termo se deve a uma pesquisa solicitada por uma revista britânica, que ao ver os resultados sobre a rebeldia dos adolescentes como não acreditar em Deus ou ainda fazer sexo antes do casamento gerou um grande desconforto e não foi publicada. Assim não se sabe exatamente se o X se refere a expressão em inglês X rated, que significa pornográfico/obsceno, ou como utilizado na matemática, como uma incógnita.
Filhos dos BB, hoje são os pais da geração Y e Z.
Foram jovens na década de 80, cresceram com mais acesso a televisão, vivenciaram as diretas já e o fim da ditadura.
Viram a IBM e a Apple lançarem seus computadores pessoais e o walkman e videocassete.
Nesta década a Aids também é descoberta.
Buscam equilíbrio entre vida profissional e pessoal e tem interesse pela tecnologia, porem sua fidelidade as empresas já não é igual a de seus pais. São resistentes ao novo e sentem-se muito inseguros em perder seus empregos para pessoas mais novas e com mais energia. Tem uma formação acadêmica melhor. Vemos nesta geração um movimento interessante, céticos contra as grandes organizações muitos estão se tornando empresários.
Bem chegamos a geração Y, que são filhos da geração X ou ainda dos Baby Boomers. Esta denominação ocorreu simplesmente por que uma revista americana achou que deveria continuar o alfabeto, já que esta geração vem depois da X. Também são chamados de Millenials, pois viveram a mudança do milênio.
Foram os jovens da década de 2000, tiveram acesso a internet, ainda que discada, mas já cresceram com o computador mais disponível. Viveu o momento mais inovador de todos os tempos e foi a geração que conseguia fazer varias coisas ao mesmo tempo, como ouvir musicas, ler emais e navegar na internet. Vivenciaram as primeiras redes sociais como o Orkut e tiveram mais apoio e suporte da família.
No trabalho são ansiosos e imediatistas desejam rápida ascensão profissional, inovadores, flexíveis, multitarefas, trabalham por um propósito e obedecem a competência mais do que a hierarquia. A novidade é mais importante que a necessidade e são integrados as tecnologias.
X e Y são diferentes, enquanto o primeiro prefere a tranquilidade o Y prefere a agitação, Y prefere inovar e o X busca estabilidade e equilíbrio. E aqui aparece a dificuldade, pois X normalmente é superior de Y. A vida para o Y não existe sem tecnologia, sem internet, sem rede social.
Enquanto seus pais mantinham uma rede de 10 a 15 amigos, com contato próximo com 4, a geração Y tem centenas de amigos no facebook, e estes não precisam ser visitados na vida real, virtualmente já esta muito bom e eles se sentem em casa.
Estão sempre conectados, a informação esta disponível, assim não precisam decorar ou ler livros, preferem emails ou mensagens a falar, digitam ao invés de escrever e compartilham tudo, dados, fotos e hábitos.
São excelentes amigos, mas na hora do trabalho são extremamente profissionais, assim são considerados ótimos colaboradores e se dão bem nos relacionamentos interpessoais.
Mais recentemente temos ouvido falar da geração Z, conhecidos também como Yolo, You only live once, onde a pessoa deve aproveitar cada momento, e desta vez não necessariamente são os filhos da geração Y, mas a letra Z aqui indica indivíduos cada vez mais preocupados em estar conectados com os demais indivíduos de uma forma permanente.
As outras gerações eventualmente se conectavam com as pessoas através de um computador de mesa e esta geração esta constantemente conectada através de dispositivos móveis, a noção de grupo passa a ser virtual e cada pessoa passa a ter sua televisão, seu videogame, seu celular e seu equipamento de som. Certamente esta geração terá sérios problemas para se relacionar com a sociedade, e vai preferir dar um sorriso para uma foto no seu celular e postar na rede a fazer o mesmo em frente a uma pessoa.
Da mesma forma que a televisão no século 20 teve o seu papel central na família, onde alguns horários eram chamados de nobre, o rádio também teve o mesmo papel tempos atrás. Hoje esta geração carrega em sua mão, onde for, todos estes meios de comunicação, não estando preso a sala, que a algum tempo já era ironizada na abertura da série bem conhecida SIMPSONS.
Nascidos no final do século 20, porem os que nasceram no inicio do século 21 também podem ser classificados como tal, e uma nova geração já esta chegando, nascidos a partir de 2010, GERAÇÃO ALFA.
Trazem muitas características da geração Y porem com forte preocupação com a responsabilidade social e preocupação com o meio ambiente e nosso planeta. São considerados nativos digitais e ainda mais insubordináveis que a geração Y e não são fieis as coisas que não estão ligadas as suas crenças.
Não são fieis a marcas, vivem em função das inovações tecnológicas e preferem o mundo virtual ao real. Enquanto a geração Y precisava de um modem discado, alguns da geração Z não sabem nem o que é discado, tratam a internet como algo de fonte inesgotável como o fornecimento de luz e água. Ambas as gerações preferem se comunicar através de mensagens, como sms ou whatsapp e são multitarefa e não são fieis a trabalhos e empregos que não estejam de acordo com suas crenças.
A geração Z cresceu em meio a instabilidade econômica, e anseiam por estabilidade financeira e trabalho mais do que a geração Y, apesar disso mudam com facilidade porem com maior cautela. São considerados mais empreendedores, inovadores e apaixonados.
Os pais tem uma grande influencia em suas vidas, tanto para geração Y como Z, tiveram e tem mais suporte e ajuda para escolherem suas carreiras, escutam de seus pais “trabalhe no que gosta, e isso trará o dinheiro” e procuram não repetir o que viram seus pais viverem, como cuidar da família e abandonar seus sonhos. Não podem ser vistos como uma nova onda da geração Y, esta nova geração é distinta e traça seu próprio caminho.
Em 2020 80% da força de trabalho será da geração pós BB e 20% será da geração Z, aliás eles estão entrando no mercado de trabalho agora, nascidos a partir de 1995 hoje estão completando 19/20 anos e iniciam como estagiários em diversas organizações, e mais cinco anos todos estarão formados.
Imaginem todas as gerações trabalhando juntas em uma mesma corporação
32% querem ser gerentes ou supervisores após cinco anos de formados, outros 24% esperam estar no caminho para o sucesso, mas não como gerentes e outros 20% esperam montar seus próprios negócios.
Apesar de tudo isso, esta geração precisa de muito treinamento e suporte para assumir o papel de lideres. Eles precisam de liberdade criativa, e querem espaço para provarem que podem, mas eles também querem ser preparados para o sucesso.
A pior coisa que pode ser feita, é colocar uma pessoa jovem num papel de liderança sem nenhum trabalho que tenha preparado ele ou ela para a função.
Olhando para os próximos 5 anos, esta nova geração espera trabalhar muito, mais até do que as gerações anteriores que esperam uma carreira satisfatória e realizadora.
Isso pode soar um tanto estranho, mas devemos lembrar que esta geração cresceu em uma época de instabilidade, onde viram pessoas tendo dificuldades financeiras e vivendo em um ambiente bastante competitivo.
Apesar de serem inovadores, devem pensar primeiro inside the Box, porque existem soluções e melhores praticas existentes e não queremos reinventar a roda ou outras formas falsas de inovação. Então antes de pensar fora da caixa, devemos leva-los a pensar dentro da caixa.
Também criticados por terem uma escrita pobre, devemos lembrar que cresceram utilizando as novas tecnologias, abreviações, emoticons e quase nada de pontuação via rede social, e isso precisa ser cuidado no ambiente corporativo.
Precisam ser treinados para adequar seu estilo de comunicação para cada uma das audiências.
A grande questão que esta geração tem em mente é: que papel este trabalho tem na historia da minha vida agora? Não como eu me encaixo nesta empresa, mas como esta empresa se encaixa em minha vida.
Eles precisam saber o que sua empresa pode oferecer no primeiro dia, na primeira semana, no primeiro mês, no primeiro e no segundo ano. Assim ajuste a comunicação com esta dica. A partir do dia que você começar a recruta-los, comece também a pensar em como rete-los. Apesar de apreciarem estabilidade, eles precisam deixar suas marcas, se sentirem que estão sendo bloqueados no seu aprendizado, vão procurar por algo melhor.
Oportunidades de carreira são o ponto principal, mas salário também gera interesse. Eles valorizam honestidade, integridade e mentoria em seus superiores, assim avise os BB, os X e os Y. Eles são questionadores, e se não encontram respostas, ou a empresa fica retendo informações ficam incomodados. Também precisam de muito feedback, pois são aprendizes constantes, mas os lideres precisam dirigir o que é importante do que não presta, pois estão sendo bombardeados de informação o tempo todo. Tenha um interesse genuíno na carreira deles, ajudando a criar um mapa para onde querem chegar, peça sugestões e garanta que é uma conversa de duas vias.
Devemos abandonar três conceitos sobre esta geração:
1 eles querem apenas trabalhar com seus pares e não querem trabalhar com autoridade
2 eles não gostam de se comunicar cara a cara
3 eles preferem ser deixados sozinhos para descobrir as coisas
Eles necessitam de orientação, direção, suporte e coaching.
Eles acreditam que trabalhar com a geração Y será muito fácil, porem com a BB pode ser difícil.
Estamos falando de uma força de trabalho multigeração, e eles temem ser considerados crianças pelos BB e X, não sendo levados a serio.
Certa vez uma pessoa falou para um jovem que ele deveria ser menos entusiasmado, pois assim ninguém o levaria a serio, se ele não percebia isso. Que para isso acontecer demoraria alguns anos.
Ele respondeu, Eu achei estranho eles acharem que eu iria ficar em algum lugar por alguns anos, quando ninguém estava me levando a sério.
E a mágica acontece quando somos impactados. Instantaneamente, postamos nas nossas redes sociais, dividimos com nossos amigos, com nossa comunidade e nos conectamos todos através dessas vivências. Para essa geração, os ambientes online e offline são uma coisa só e esse é apenas o primeiro passo para compreender essa turma e poder atender à sua demanda. Hoje, somos nós que definimos o que é luxo, como nós queremos experimenta-lo e com quem queremos compartilhar.
Gen Z estão ansiosos para contribuir e deixar sua marca. A chave é a respeitá-los, alimentá-los, e ajudar a focar sua energia e entusiasmo. Empresas que adotam Gen Z e intensificam os esforços de retenção serão recompensadas com seu trabalho árduo, boas idéias e engajamento apaixonado.
Você não está contratando um jovem, iniciante, alguém que vai entrar com uma sensação que só poderá ajudar depois de algum tempo, eles querem chegar correndo e agregar valor imediatamente , e eles querem inventar coisas; eles querem fazer coisas existentes de forma mais inteligente, mais rápido e melhor. Eles querem fazer melhor, eles querem identificar os problemas que mais ninguém identificou, e eles querem resolver os problemas que ninguém mais resolveu.
Prepare-se para cultivar o potencial de gerações Y e Z.
